terça-feira, janeiro 20, 2009

Ao meu Querido Morto

Eu tive um grande amor, um grande amor

que deu aos meus olhos aquela luz, aquele brilho

um dia quando acordei o meu amor estava morto

não tive coragem de o enterrar, deixei-o ficar

Esperei, e veio a chuva

Esperei , e veio o sol,

o meu amor não voltou a falar

Hoje fui leva-lo a enterrar, pus-lhe flores e um beijinho

para que de mim se pudesse lembrar


texto antigo do meu caderno de babujices

domingo, janeiro 11, 2009

Killer Tomatoes strike back

Quem se lembra do emblemático filme " Attack of the Killer Tomatoes"? Então não é que há mais três sequelas de igual calibre? Ontem, tive o inesperado prazer de ver " Return of the Killer Tomatoes" com o jovem George Clooney num dos seus mais intensos papéis. Se tiverem oportunidade não percam...estes filmes são pérolas do mundo vegetal.
http://killertomatoes.com/movies.asp

terça-feira, janeiro 06, 2009

Pequenos reizinhos

Numa altura muito vocacionada para estatísticas (o que quer que seja que isso significa) dei uma espreitadela ao nosso contador de posts e verifiquei com um grãozinho de sal no sapato que postámos menos que no passado, pese embora mais que no ano inaugural deste blog , qual verdadeiro veículo de difusão de todo o tipo de patranhadas! Ora, mais que não seja, esta observação casual deu-me ganas de postar qq coisa. O que é q vos posso contar que tenha assim o mínimo de interesse? Hmmm,...deixa ver,... nada!

Estou de volta aos Alpes, tá neve lá fora, tou muitíssimo constipada, acabei de chegar a casa e tou aqui a fazer tempo enquanto os aquecedores laboram para trazer este iglo até uma temperatura de sobrevivência. Nos entretantos, e a propósito duma sugestão da Mariana, fui descobrir o novo álbum dos Dead Combo. Numa visita ao site dos ditos eis o texto que encontrei, e que me pareceu digno de figurar aqui, hj especialmente :

"A festa de despedida no porto de Lisboa estava cheia. Playboys e ancas jeitosas, marinheiros e oficiais despenteados, urbanos e campónios, populares e clássicos, modernos e antigos, bêbedos e alegres, tristes e melancólicos, uns dançam, outros tocam, alguns vivem, uns são convidados, outros aparecem por lá e todos fazem parte dessa mesma eternidade. Uns ficam, outros já se foram.
Com o subir da lua chega a hora do adeus, dos beijos, das facadas, dos abraços e das desgraças, as luzes do porto apagam-se, a algazarra dissipa-se, o som do baile entregou-se às gaivotas, o cheiro a rio invade as ruas até cá cima, e ao longe, no silêncio deste Tejo, navegando sob águas calmas, o Lusitânia partiu.
Uma silhueta negra acabou de passar a barra, é um barco, que ninguém sabe para onde vai.”

http://www.myspace.com/deadcombo

Façam como o Tomé e sejam uns pequenos reizinhos hoje que merecem,...

domingo, janeiro 04, 2009

A vida em onomatopeias

"O maníaco dos barritos começou a perder consistência e volume, a encolher-se, tornou-se sabão, se é que os péssimos sabões que se fabricam neste tempo são capazes de formar aquelas maravilhas cristalinas que alguém teve o génio de inventar, e de repente desapareceu de vista. Fez plof e sumiu-se. Há onomatopeias providenciais. Imagine-se que tínhamos de descrever o processo de sumição do sujeito com todos os pormenores. Seriam precisas, pelo menos, dez páginas. Plof." José Saramago in A viagem do elefante

O Saramago tem razão há onomatopeias providenciais que ajudam bastante a descrever certas situações.
Na vidinha pacata duma taínha da aldeia, utilizo recorrentemente onomatopeias para responder à panóplia de interpelações que encontro enquanto subo o rio em direcção ao meu destino.

Como estás? umpff
Será que continuas a pensar em mim? sniff
A vidinha? nhac

Que vais fazer a seguir? longo pfff seguido de encolher de ombros
Dá-me um beijinho! xuac
Olha práquilo! txiiii
Em que pensas tu? pfiu pfiu
What happened to sweet love you and me had? plof