quinta-feira, março 26, 2009

Ao César

Hoje estive no Jardim Botânico. Não o saudoso da Politécnica mas ainda assim dei por mim a pensar no quão agradável é estar-se ao ar livre, livre, livre,..longe das pipetas e das centrífugas, livre, livre... Dei por mim a pensar nas saídas de campo...dei por mim a pensar nas práticas de Geologia e no grande César - dos seus minerais especiais de vitrine, trazidos à revelia só para nós, da sua barba por fazer e das suas súbitas pausas para "epá., tenho de ir lá fora fumar um cigarro". Dei por mim a pensar Geologia é fixe e os geólogos são livres,livres, livres...

quinta-feira, março 12, 2009

Idiossincrasias

Para aqueles que vivem em Sto Amaro (que para quem está esquecido é a terra da mítica rua A.D.O.), fazer este trocadilho visual já é coisa antiga. Mas hoje qualquer coisa chamou-me a atenção... Acho que esta fotografia resume bem a essência de amar, não é perfeito, parte-se, tem brechas...Mas no fundo está lá, fixo, à espera dum restauro que o traga de novo, para que possa amar por inteiro.

terça-feira, março 03, 2009


Sentei-me tantas vezes neste banco, sempre com o fim de tarde no horizonte. Invariavelmente pensava em ti. Dizem que quando se pensa muito numa coisa ela acaba por acontecer. Na altura achava que a telepatia era a maneira mais rápida para chegar até ti, por isso, pensava com muito amor, para que me sentisses. De tempo em tempo estes meus pensamentos eram interrompidos por aquele tipo de desconhecidos que gostam de incomodar namorados, mesmo os imaginários. Abordavam-me com um sorriso e logo me perguntavam: «Quando vem o próximo? Pára em Caxias? A que horas chega a Oeiras? É o rápido ou o São Pedro?» E por aí fora e por adiante, enfim…
Entretanto o tempo passou e o efeito da telepatia nunca se fez sentir. Será que os meus pensamentos não chegaram até ti? Passados uns meses recebi uma SMS que dizia: «Hei miúda sonhei contigo… Eras uma funcionária da CP, muito chata, maníaca dos horários, perseguias as pessoas na plataforma gritando o nome dos comboios e apontando para as respectivas linhas. Que pesadelo!» O que aconteceu?! Eu que só pensava em coisas queridas, que envolviam muitos e sedutores olhares, beijos ternos ao pôr-do-sol e suspiros de cansaço… Malditos intrusos pensei…
No dia seguinte, quando me sentei lá com a luz do ocaso na rotineira posição, tentei não pensar em nada…